Título Original: Tiger's Curse
Autora: Colleen
Houck
Páginas: 352
Lançamento: 19/10/2011
Editora: Arqueiro
Saga Do Tigre Vol.1
Gênero: Aventura, Romance
"Kelsey Hayes
perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade.
Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo
tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos
azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado
dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan
Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de
300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse
feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma
perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais
e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se
apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem."
Assim que ele chegou comecei a ler e não consegui parar (Risos) Mas o
que despertou meu interesse em ler não foi muito a parte do romance, mas sim a
originalidade da trama ao colocar no livro mitologia indiana,
diversificada e contagiante com base na cultura e história deste local. Ao longo da trama, também a citações de Shakespeare e outros poemas locais muito tocantes.
diversificada e contagiante com base na cultura e história deste local. Ao longo da trama, também a citações de Shakespeare e outros poemas locais muito tocantes.
Kelsey Hayes é uma protagonista intensa e corajosa, porém sempre foi
muito solitária, além de carregar uma forte carga emocional consigo, levando em
conta tudo que já vivenciou. Ren (o tigre branco que ela conhece no circo em
que começa a trabalhar e que descobre que na verdade é um príncipe que foi
amaldiçoado há 300 anos por um mago) captou a ligação com Kelsey desde o
começo, pois ela fora a única que conseguiu enxergar alguma emoção através do
tigre, assim como apresentou uma confiança mesmo antes de saber a real história
do animal. Os dois, juntos, aprenderam e ao mesmo tempo, ensinaram muito um com
o outro.
“Lembre-se de que essa foi apenas uma pequena parte
da minha vida. Pude ver e vivenciar mais coisas do que normalmente seria
possível a qualquer homem. Vi o mundo mudar século após século. Testemunhei
acontecimentos horríveis, assim como muitos outros maravilhosos. Além disso,
lembre-se de que, ainda que eu fosse militar, não vivíamos o tempo todo em
guerra. Nosso reino era grande e respeitável. Embora treinássemos para a
guerra, só nos envolvemos em conflitos armados umas poucas vezes” Pg. 153-154
Outro
personagem que merece destaque é o Sr. Kadam por seu trabalho admirável e
persistente, ao qual acompanha Ren durante muito tempo e pode-se dizer que
nesta jornada, todos estariam perdidos sem a sua ajuda, e ele nunca desistiu de
encontrar uma maneira de quebrar a maldição.
No
decorrer da narrativa, conhecemos bastante sobre sua história de vida, assim
como sua trajetória durante tempos de guerra e algumas fases de sua vida
pessoal. O que o motiva a seguir em frente é a fé para que consiga atingir seu
objetivo. Entra em cena, posteriormente, o irmão caçula de Ren – Kishan – que
também foi amaldiçoado em forma de tigre. Ren era um tigre branco e Kishan,
preto. A princípio, o achei um pouco presunçoso, convencido e provocador, porém
assim que foi contando sua historia comecei a entender seus motivos e sua
personalidade.
“É claro que eu tinha consciência de que um
coração de homem batia dentro do corpo de tigre, mas, de alguma forma, eu havia
empurrado esse conhecimento para o fundo da mente. O fato de que ele era um
príncipe explodiu em minha mente. Eu o fitei atônita. Ele era, para ser
sincera, muita arei para o meu caminhãozinho. Eu jamais considerara a
possibilidade de um relacionamento com ele” Pg. 168
As cenas descritas revelam um ambiente muito
bonito, denso e por vezes assustador, diante de vários perigos, profecias,
oferendas e muitas armadilhas. O fato é que independente de todos os obstáculos
vencidos é notável que este seja apenas o primeiro passo de uma jornada
extensa. Também foi muito interessante ler sobre os deuses e em especial Durga,
que é uma deusa muito popular na Índia e região, assim como diversas outras
curiosidades referentes a lugares, pessoas e costumes.
“– Apesar do que vocês, tigres, pensam, eu sou
capaz de cuidar de mim mesma, sabia? – falei, em tom ligeiramente rabugento.
Kishan apertou meu braço.
- “Vai ver que nós, tigres, gostamos de cuidar de
você.” Pg. 188
Quanto em relação de Kells e Ren, acredito que tudo
aconteceu de forma tranqüila e foi se desenvolvendo por meio de muito tato,
atenção e perseverança. Os dois foram se habituando àquela rotina de estarem
juntos e quando menos perceberam estavam muito envolvidos para negarem qualquer
coisa.
A afinidade do casal foi sincronizada desde o
primeiro momento em que se encontraram e foi muito emocionante quando admitiram
seus sentimentos. E mesmo que os dois serem diferentes em alguns quesitos, eles
se completam de um jeito mágico e claro que é super normal que ela se sinta um
tanto insegura sobre a direção desse relacionamento complexo – mesmo porque ela não estava
acostumada a ter nenhum tipo de sensação que envolvesse atração e coisas afins.
“Foi nesse momento que eu soube que Ren me amava.
Senti meu coração se abrir para ele. Eu já amava e confiava na sua parte tigre.
Isso era fácil. Mas reconhecia agora que o homem precisava ainda mais desse
amor. Para Ren, era algo que não experimentava havia séculos – se é que algum
dia o experimentou. Assim, eu o abracei com força e não o larguei até que soube
que seu tempo havia acabado” Pg. 195-196
E então gostaram da minha primeira resenha?
Comentem. Leia um trecho do livro aqui.
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