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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Resenha do Livro A Maldição do Tigre


Título Original: Tiger's Curse
Autora: Colleen Houck
Páginas: 352
Lançamento: 19/10/2011
Editora: Arqueiro
Saga Do Tigre Vol.1
Gênero: Aventura, Romance










"Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem."

Assim que ele chegou comecei a ler e não consegui parar (Risos) Mas o que despertou meu interesse em ler não foi muito a parte do romance, mas sim a originalidade da trama ao colocar no livro mitologia indiana,
diversificada e contagiante com base na cultura e história deste local. Ao longo da trama, também a citações de Shakespeare e outros poemas locais muito tocantes.

Kelsey Hayes é uma protagonista intensa e corajosa, porém sempre foi muito solitária, além de carregar uma forte carga emocional consigo, levando em conta tudo que já vivenciou. Ren (o tigre branco que ela conhece no circo em que começa a trabalhar e que descobre que na verdade é um príncipe que foi amaldiçoado há 300 anos por um mago) captou a ligação com Kelsey desde o começo, pois ela fora a única que conseguiu enxergar alguma emoção através do tigre, assim como apresentou uma confiança mesmo antes de saber a real história do animal. Os dois, juntos, aprenderam e ao mesmo tempo, ensinaram muito um com o outro. 

“Lembre-se de que essa foi apenas uma pequena parte da minha vida. Pude ver e vivenciar mais coisas do que normalmente seria possível a qualquer homem. Vi o mundo mudar século após século. Testemunhei acontecimentos horríveis, assim como muitos outros maravilhosos. Além disso, lembre-se de que, ainda que eu fosse militar, não vivíamos o tempo todo em guerra. Nosso reino era grande e respeitável. Embora treinássemos para a guerra, só nos envolvemos em conflitos armados umas poucas vezes” Pg. 153-154

Outro personagem que merece destaque é o Sr. Kadam por seu trabalho admirável e persistente, ao qual acompanha Ren durante muito tempo e pode-se dizer que nesta jornada, todos estariam perdidos sem a sua ajuda, e ele nunca desistiu de encontrar uma maneira de quebrar a maldição.

No decorrer da narrativa, conhecemos bastante sobre sua história de vida, assim como sua trajetória durante tempos de guerra e algumas fases de sua vida pessoal. O que o motiva a seguir em frente é a fé para que consiga atingir seu objetivo. Entra em cena, posteriormente, o irmão caçula de Ren – Kishan – que também foi amaldiçoado em forma de tigre. Ren era um tigre branco e Kishan, preto. A princípio, o achei um pouco presunçoso, convencido e provocador, porém assim que foi contando sua historia comecei a entender seus motivos e sua personalidade.

É claro que eu tinha consciência de que um coração de homem batia dentro do corpo de tigre, mas, de alguma forma, eu havia empurrado esse conhecimento para o fundo da mente. O fato de que ele era um príncipe explodiu em minha mente. Eu o fitei atônita. Ele era, para ser sincera, muita arei para o meu caminhãozinho. Eu jamais considerara a possibilidade de um relacionamento com ele” Pg. 168

As cenas descritas revelam um ambiente muito bonito, denso e por vezes assustador, diante de vários perigos, profecias, oferendas e muitas armadilhas. O fato é que independente de todos os obstáculos vencidos é notável que este seja apenas o primeiro passo de uma jornada extensa. Também foi muito interessante ler sobre os deuses e em especial Durga, que é uma deusa muito popular na Índia e região, assim como diversas outras curiosidades referentes a lugares, pessoas e costumes.

“– Apesar do que vocês, tigres, pensam, eu sou capaz de cuidar de mim mesma, sabia? – falei, em tom ligeiramente rabugento.
Kishan apertou meu braço.
- “Vai ver que nós, tigres, gostamos de cuidar de você.” Pg. 188

Quanto em relação de Kells e Ren, acredito que tudo aconteceu de forma tranqüila e foi se desenvolvendo por meio de muito tato, atenção e perseverança. Os dois foram se habituando àquela rotina de estarem juntos e quando menos perceberam estavam muito envolvidos para negarem qualquer coisa.
A afinidade do casal foi sincronizada desde o primeiro momento em que se encontraram e foi muito emocionante quando admitiram seus sentimentos. E mesmo que os dois serem diferentes em alguns quesitos, eles se completam de um jeito mágico e claro que é super normal que ela se sinta um tanto insegura sobre a direção desse relacionamento complexo – mesmo porque ela não estava acostumada a ter nenhum tipo de sensação que envolvesse atração e coisas afins.

“Foi nesse momento que eu soube que Ren me amava. Senti meu coração se abrir para ele. Eu já amava e confiava na sua parte tigre. Isso era fácil. Mas reconhecia agora que o homem precisava ainda mais desse amor. Para Ren, era algo que não experimentava havia séculos – se é que algum dia o experimentou. Assim, eu o abracei com força e não o larguei até que soube que seu tempo havia acabado” Pg. 195-196





E então gostaram da minha primeira resenha? Comentem. Leia um trecho do livro aqui.

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